No início de cada ano, os aposentados e pensionistas aguardam o reajuste de seus benefícios previdenciários pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Esse ajuste é determinado pela inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O piso das aposentadorias está diretamente ligado ao salário mínimo e recebe um reajuste real, acima da inflação. De acordo com projeções da Genial Investimentos, estima-se que o salário mínimo possa atingir R$ 1.508,66 em 2025, enquanto o valor máximo dos benefícios pode chegar a R$ 8.092,54.
CONFIRA PARA QUANTO PODEM IR AS APOSENTADORIAS DO INSS EM 2025
Faixa do benefício | 2023 | 2024 | 2025 |
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Faixa 1 (salário mínimo) | R$ 1.320,00 | R$ 1.412,00 | R$ 1.508,66 |
Faixa 2 | R$ 1.500,00 | R$ 1.555,00 | R$ 1.616,89 |
Faixa 3 | R$ 2.000,00 | R$ 2.074,20 | R$ 2.155,86 |
Faixa 4 | R$ 2.500,00 | R$ 2.592,75 | R$ 2.694,82 |
Faixa 5 | R$ 3.000,00 | R$ 3.111,30 | R$ 3.233,79 |
Faixa 6 | R$ 3.500,00 | R$ 3.629,85 | R$ 3.772,75 |
Faixa 7 | R$ 4.000,00 | R$ 4.148,40 | R$ 4.311,71 |
Faixa 8 | R$ 4.500,00 | R$ 4.666,95 | R$ 4.850,68 |
Faixa 9 | R$ 5.000,00 | R$ 5.185,50 | R$ 5.389,64 |
Faixa 10 | R$ 5.500,00 | R$ 5.704,05 | R$ 5.928,61 |
Faixa 11 | R$ 6.000,00 | R$ 6.222,60 | R$ 6.467,57 |
Faixa 12 | R$ 6.500,00 | R$ 6.741,15 | R$ 7.006,54 |
Faixa 13 | R$ 7.000,00 | R$ 7.259,70 | R$ 7.545,50 |
Faixa 14 | R$ 7.500,00 | R$ 7.778,25 | R$ 8.084,47 |
Faixa 15 (teto) | R$ 7.507,49 | R$ 7.786,02 | R$ 8.092,54 |
Como verificar os reajustes previdenciários pelo Meu INSS e quem receberá o reajuste integral?
Na ocasião, os aposentados e pensionistas poderão verificar os novos valores através do site e do aplicativo Meu INSS. Após fazer o login, basta acessar o serviço “Extrato de Pagamento” para visualizar o valor atualizado e a data de recebimento.
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Somente aqueles que já recebiam o benefício em janeiro de 2024 receberão o reajuste integral. Para os que começaram a receber o benefício neste ano, o reajuste será proporcional à inflação acumulada nos meses correspondentes.
O cálculo do reajuste é baseado na inflação acumulada durante o último ano, utilizando o INPC, que monitora a variação do custo de vida médio das famílias com renda mensal de 1 a 5 salários mínimos.
Segundo as projeções da Genial Investimentos, a inflação acumulada prevista para este ano é de 3,94%, enquanto a SPE (Secretaria de Política Econômica) do Ministério da Fazenda estima um acumulado de 3,25%.
Esses grupos são particularmente afetados pelas flutuações de preços, pois tendem a gastar a maior parte de sua renda em transporte, alimentação e medicamentos, conforme dados do IBGE.
Apesar de todos os beneficiários receberem o reajuste, o impacto na renda será mais significativo para aqueles que recebem o valor mínimo. Desde a implementação das novas diretrizes para a valorização do salário mínimo em 2023, o reajuste passa a incluir não apenas a inflação, mas também o crescimento econômico.
Na prática, isso significa a soma do INPC acumulado do ano anterior com a variação do PIB de dois anos antes. Para aqueles que recebem mais do que o salário mínimo, o reajuste será baseado apenas na inflação do ano anterior.
As projeções da Warren Investimentos, que diferem das previsões macroeconômicas do governo, apontam um acumulado anual do INPC de 3,70%, enquanto o Ministério da Fazenda prevê uma taxa de 3,25%.
Críticas à atual política de reajustes previdenciários e proposta de aumento periódico: o debate sobre o Projeto de Lei 1.468
A atual configuração dos reajustes é criticada por aposentados e pensionistas, especialmente aqueles que recebem valores acima do salário mínimo. De acordo com o Sindinapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical), o reajuste não acompanha adequadamente a variação de preços, levando muitos aposentados a ingressarem na faixa do salário mínimo para obterem um reajuste maior.
Em uma entrevista à Folha, o presidente do sindicato, Milton Cavalo, ressaltou que os grupos mais afetados pela defasagem nos reajustes são aqueles cujos benefícios estão próximos do salário mínimo, mas não recebem a mesma correção.
Em resposta à insatisfação dos beneficiários, têm surgido propostas legislativas. Sindicatos e centrais sindicais apoiam o projeto de lei 1.468, que propõe a criação de um adicional de 5% nas aposentadorias e pensões do INSS a cada cinco anos.
Elaborada pelo deputado Pompeu de Mattos (PDT-RS), a proposta altera a lei 8.213, de 1996, que trata dos planos de benefícios da Previdência Social. Se aprovada, garantiria um aumento de 5% a cada cinco anos para todos os beneficiários do INSS, incluindo aqueles que recebem o salário mínimo.